Câncer de Próstata
Neoplasia Malígna da Próstata (câncer de próstata)
O que é?
O câncer de próstata (CaP) é a forma mais comum de câncer não cutâneo (pele) em homens e a segunda maior causa de mortalidade por câncer masculino. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estimou que em 2012 ocorreram 60.180 casos novos da doença no Brasil, o que corresponde à incidência de 62 casos novos a cada 100 mil homens.

Quais são as causas?
A prevalência do câncer de próstata varia de acordo com a raça, sendo um pouco mais elevada entre negros (9,6%) do que entre brancos (5,6%). Os outros fatores de
risco são a idade do paciente e a história familiar, notadamente o antecedente da CaP no pai ou nos irmãos. Recentemente, a obesidade foi demonstrada
como fator de risco, especialmente quando a circunferência abdominal é maior do que 102 cm.
O risco de um homem ser diagnosticado com câncer de próstata durante a vida é de 16,2%. Pelo comportamento indolente (pouco agressivo) da maioria desses tumores,
a taxa de mortalidade por câncer de próstata é pequena, principalmente quando comparada com outros tipos. Quando o tumor de próstata é agressivo,
o risco de morte pela doença é bem maior.
Como a obesidade foi recentemente demonstrada como fator de risco, é provável que a manutenção de um estilo de vida saudável, evitando-se o sedentarismo
e mantendo-se com a dieta e o peso adequados, possa diminuir o risco da doença, além dos outros benefícios já conhecidos destes hábitos.
Como se dá o diagnóstico?
O diagnóstico de câncer de próstata é suspeitado após a realização do toque retal e da dosagem do antígeno prostático específico (PSA). O diagnóstico definitivo é estabelecido pela biópsia prostática. É importante ressaltar que a realização do toque retal é indispensável para aumentar a possibilidade de diagnóstico precoce, já que até 20% dos homens com CaP possuem níveis de PSA normais e o diagnóstico nestes casos somente é suspeitado pelo toque retal.
Prevenção
A maior parte das entidades urológicas internacionais recomenda que a prevenção seja realizada em todos os homens com mais de 50 anos. Homens negros e /ou que tenham histórico familiar de câncer de próstata devem iniciar os exames mais cedo, após os 45 anos. Quanto à idade na qual se deve parar de fazer exames preventivos, é necessário individualizar cada caso e levar em conta a saúde geral do paciente e a sua expectativa de vida. De maneira geral, admite-se que os exames devem ser oferecidos aos homens cuja expectativa de vida seja superior a 10-15 anos.
Como é o tratamento?
O tratamento do câncer de próstata depende de variados fatores. Nos casos em que a doença está em estágio inicial, localizada na próstata, deve-se levar em conta a
idade do paciente, expectativa de sobrevida, agressividade do tumor e preferência do paciente. Tratamentos agressivos devem ser evitados em homens
que possuam graves doenças associadas que possivelmente limitarão sua expectativa de vida. Em casos de doença muito inicial e de baixa agressividade,
pode-se até mesmo optar pelo acompanhamento periódico. Nestes casos, o paciente é acompanhado de perto pelo urologista e, desde que não haja sinais
de que a doença esteja progredindo, não existe a necessidade de fazer tratamento.
Na maioria dos casos, o câncer de próstata localizado é tratado com alguma forma de tratamento que ofereça elevadas taxas de cura, notadamente a cirurgia de
remoção da próstata e vesículas seminais (prostatectomia radical) ou opção de radioterapia. A incontinência urinária e a piora da função sexual
são complicações possíveis após o tratamento cirúrgico. Em muitos pacientes, o problema é transitório, melhorando espontaneamente com o tempo.
Em outros casos, pode requerer tratamento específico, que deve ser individualizado e de acordo com a gravidade do problema.